terça-feira, 31 de janeiro de 2017
sábado, 21 de janeiro de 2017
Retiro de 2017
Retiro Preparatório para a XI Romaria.
(foto do grupo de irmãos que estiveram presentes)
(foto do grupo de irmãos que estiveram presentes)
Desde já os agradecimentos ao irmãos Franciscanos, não só por nos terem aberto as portas, como também pela partilha do Frade Vinhas. Agradecemos igualmente ao Padre Pedro Lima, pela partilha que lhe estava confiada. Ambos fizeram-nos abrasar os nossos corações.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Acompanhar o irmão que nos acompanha
Ainda
a noite é uma criança e o nascer do dia a algumas horas de
distância, é vê-los
sair das suas
igrejas,
e é assim todos os anos pela Quaresma. São os romeiros, homens de
barba rija e crianças valentes, que durante
longos dias,
deixam os seus confortos, as suas casas, os seus bens materiais e
especialmente a sua família, negando-se
a si mesmos, tomando as suas cruzes e seguindo-O1,
entoando orações e cânticos dolentes melodiosamente gregorianos.
Em
duas alas, seguem Aquele
que vai à frente, levando o terço numa mão e o bordão na outra.
Lado a lado, irmão a irmão e entre irmãos, bordão a bordão. Mas
acompanhar pressupõe delicadeza e todo o respeito possível para com
o outro, o que vai há frente, ou que vai ao lado ou o que vai atrás
(pelo menos), isto é, em romaria e enquanto se caminha com o terço
numa mão e o bordão na outra, não devemos criar ruídos
de fundo,
para que o irmão que reza, reze verdadeiramente e possa escuta-Lo em
profundidade, seja no silêncio da oração, nos aromas que pairam no
ar ou na brisa que passa.
É
preciso aprender ou relembramo-nos a “descalçar
sempre as sandálias diante da terra sagrada do outro”2
e “dar
ao nosso caminhar o ritmo salutar da proximidade, com um olhar
respeitoso e cheio de compaixão, mas que ao mesmo tempo cure,
liberte e anime a amadurecer na vida cristã”3.
É
preciso acompanhar o irmão que nos acompanha com misericórdia não
só nas etapas do seu crescimento como também nas nossas, porque um
pequeno passo no meio das nossas limitações, poderá ser mais
agradável a Deus do que tudo o resto. Um pequeno passo poderá
apenas
ser, saber respeitar o silêncio e a oração do outro que nos
acompanha em romaria. “A
oração deverá ser feita, na medida do possível, numa situação
de serenidade de espírito e, portanto, no silêncio e com a alma
livre de qualquer ansiedade”, como
escreveu Santa Ângela de Foligno.
Termino,
relembrando a todos os irmãos romeiros, começando por mim que “O
cristianismo é uma religião de relação. Há regras, há normas,
há cânones, há tudo isso... Mas se não assentam sobre uma relação
pessoal com Deus, com Jesus Cristo, são como o bronze que ressoa,
para usar um termo evangélico”4.
Paulo
Roldão
(um
irmão romeiro, como os demais)
1 -
Lc 9, 23
2
- Ex 3,5
3
- EG 169
4
- Excerto da introdução do livro “Que fazes aí fechada?” de
Filipe D`Avillez
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
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