quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tríduo Pascal

"Os cristãos são chamados, após o retiro quaresmal, a uma maior vivência do Mistério da Fé, no Tríduo Pascal: Ceia do Senhor, Paixão, Morte e Ressurreição. Neste Ano Sacerdotal, não têm faltado as iniciativas no aprofundamento deste ministério, nascido na “Sua Hora” de “passar deste mundo para o Pai”.

Incompreensível para os não crentes e mal vivido por muitos dos que se dizem baptizados, mas que estão nos antípodas do Evangelho. Num mundo que confunde laicismo, com ateísmo militante, a Igreja, com os seus pecados e virtudes, sofre nos seus membros a “Paixão” de todos os tempos.
As situações de maiores restrições à liberdade de religião e “de culto encontram-se nos países de maioria muçulmana, especialmente no Médio Oriente e no Norte de África, mesmo às nossas portas. No Sudão o massacre não cessa, perante a indiferença do mundo, dito livre. Cristãos atacados no Egipto, na Malásia, no Vietname, no Iraque, na Indonésia.
“Segundo a Christian Security Network, nos Estados Unidos foram cometidos, em 2009, mais de mil e duzentos crimes contra organizações cristãs”, inclusive doze homicídios e três actos de violência, que englobam também três tentativas de violação e três sequestros. A registar noventa e oito incêndios dolosos e setecentos assaltos”.
A Agência Fides noticiou que, em 2009, foram assassinados trinta e sete testemunhas do Evangelho (trinta sacerdotes, duas religiosas, dois seminaristas e três leigos, na sua maioria na América Latina.
Não faltam “os Judas”, que após terem estado reunidos à volta da Mesa do Senhor, O vendem pelos trinta dinheiros de sempre. Nem “os Pedros”, que O negam perante as autoridades, os tribunais e opinião pública dos nossos dias, a pedirem a libertação de Barrabás e a crucifixão de Cristo.
Fica-nos o exemplo ímpar do Lava-pés, num amor não só de palavras, mas de gestos concretos de quem dá a prova de que “os amou até ao fim” (João 13, 1). Os braços abertos, do Crucificado, incomodam todos, com quem o Senhor se identifica: Os humilhados, injustiçados, abandonados de todos os tempos.
Mas a noite vai acabar, a pedra do Túmulo vai ser removida. Já se vislumbra a “Luz de Cristo Ressuscitado”, a ofuscar os confundidos com as diatribes de sempre. A memória de Deus é de Amor e Perdão: “Pai, perdoai-lhes, por que não sabem o que fazem!”
Uma Santa Páscoa!"

Artigo publicado no dia 1 de Abril, da autoria do Padre Dolores

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