quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ceia de Natal

Na celebração do Nascimento de Jesus, um dos símbolos que melhor se adaptou nos hábitos familiares, é a Ceia do Natal. Não fosse a Família a pequenina “Igreja Doméstica”, onde por lagos séculos se aprendia a viver o Cristianismo, com o leito materno e o colo das mães.
Mesmo que muitas famílias, ditas não praticantes, possam ter, por preguiça ou materialismo, deixado de participar na Eucaristia dominical, não deixam de; à sua maneira viver a “Liturgia familiar” da Ceia do Natal, pois causa primeira da sua existência é a Natividade do Menino, que deu origem a uma data nova, pela qual nos encontramos em 2009 d. C.
Não deveria ser uma simples satisfação do apetite de comer. Mas a Ceia da Festa do Presente, que Deus melhor nos ofertou: o Seu Filho, nascido da Virgem Maria, cujo Mistério de Salvação continua a realizar-se no coração dos que O acolhem em suas vidas.
Ceia do Natal! O importante não é o peru, introduzido na Europa em 1525, vindo da civilização Azteca, do México do Sul. Nem o Bacalhau, que desde as viagens dos Côrte-real, para a banda da Terra Nova, no início do século XVI, os portugueses se habituaram a ter no prato da consoada.
E, que depois de um jejum de dez anos, os acordos de pesca nos permitem irem pescar de novo uns quilitos, para saborear na próxima Ceia do Natal. A não ser que outros, prefiram o polvo e as rabanadas, as filhós e as fatias douradas, sem faltar o bolo-rei, etc.
Mas nada disso é Ceia do Natal, se as pessoas não se sentarem à mesa, com os sentimentos de Família a celebrar o encontro entre o Céu e a Terra, o Divino e Humano, que nos traz o Nascimento desta Criança, tão incómoda, ainda, para os Herodes dos nossos dias.
Se a Ceia de Natal familiar, ela própria é um ritual doméstico de profundo significado cristão. Quanto mais se a Ceia se realiza numa Assembleia de Cristãos (Igreja), à volta do Altar da Eucaristia, numa Ceia Eucarística a que chamamos de “Missa do Galo”, cujo nome nos vem de Toledo (século V), pelo costume se oferecerem aos mais pobres a dita ave, para melhorar o jantar do dia de Natal.
Um Santo Natal para todos!

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